Ações terapêuticas.
Antibiótico.
Propriedades.
Trata-se de um antibiótico que
pertence ao grupo dos macrolídeos (eritromicina, claritromicina, azitromicina).
Seu espectro antibacteriano atinge Streptococcus A, Streptococcus viridans, Streptococcus
pyogenes, Streptococcus agalactiae, Streptococcus pneumoniae, Neisseria
meningitidis, Neisseira gonorrhoeae, Moraxella catarrhalis, Bordetella
pertussis, Corynebacterium diphteriae, Propionibacterium acnes, Listeria
monocytogenes, Clostridium, Mycoplasma pneumoniae, Mycoplasma hominis,
Ureaplasma urealyticum, Chlamydia trachomatis, Legionella pneumophila,
Campylobacter. Certas espécies apresentam sensibilidade variável, como Haemophilus
influenzae, Bacteroides fragilis, Staphylococcus aureus e Staphylococcus
epidermidis. Seu mecanismo de ação desenvolve-se sobre os ribossomas
bacterianos, interferindo com o processo de síntese de proteínas. A josamicina
é um antibiótico não-indutor de resistências e, além disto, não induz
resistência a outros macrolídeos em Staphylococcus sp.Apresenta boa
absorção por via gastrintestinal e sua eliminação é feita principalmente por
via biliar.
Indicações.
Faringite, amigdalite, foliculite,
impetigo, pneumonia, broncopneumonia e otite.
Posologia.
Adultos: via oral, 500 mg a 1.000 mg a
cada 12 horas. Lactentes e crianças: via oral, 30 mg/kg a 50 mg/kg de peso ao
dia, divididos em duas tomadas.
Superdosagem.
Caso ocorra superdose, recomenda-se
realizar lavagem gástrica e insituir tratamento sintomático.
Reações adversas.
As principais reações adversas
compreendem erupção cutânea, disfunção hepática, anorexia, náuseas, vômitos,
sensação de saciedade, dores abdominais, diarreia, dispepsia, colite
pseudomembranosa. Raramente observou-se hepatite colestática com doses
elevadas, estomatites, arritmias ventriculares e aumento do intervalo QT.
Precauções.
Recomenda-se ajustar a dose em
pacientes idosos e naqueles que apresentam insuficiência hepática, visto que a
josamicina é eliminada principalmente por via biliar. Por outro lado, em função
da sua eliminação renal ser muito escassa, não é necessário modificar sua dose
na insuficiência renal. Recomenda-se administrar com precaução em pacientes com
intervalo QT prolongado, pois a josamicina pode induzir arritmias ventriculares,
incluindo taquicardia ventricular e extrassistólica. Em mulheres grávidas,
recomenda-se administrar exclusivamente quando o benefício terapêutico para a
mãe supere o risco potencial para o feto. Como a josamicina em seres humanos é
eliminada através do leite materno, o aleitamento ao peito deveria ser
interrompido quando de sua administração.
Interações.
Não administrar juntamente com
ergotamina ou outros vasoconstritores derivados do esporão do centeio.
Administrar com precaução quando em associação com bromocriptina, varfarina,
digoxina, hexobarbital, carbamazepina, disopiramida e lovatatina. A josamicina
apresenta incompatibilidade com antibióticos b-lactâmicos (penicilinas,
cefalosporinas), pois pode causar diminuição do efeito destes últimos. A associação
com triazolam está desaconselhada em função da manifestação de sonolência.Com a
josamicina aumenta os níveis plasmáticos de ciclosporina, recomenda-se diminuir
as doses desta última e vigiar a função renal. Evitar a associação com
terfenadina ou astemizol, pois a administração destes anti-histamínicos anti-H
1 pode, excepcionalmente, causar um aumento do intervalo QT ou arritmia
ventricular (incluindo taquicardia paroxística), parada cardíaca e outras
reações cardiovasculares adversas. A josamicina pode ser associada com
teofilina.
Contraindicações.
Insuficiência hepática grave e
hipersensibilidade a este fármaco e a outros antibióticos macrolídeos.